sexta-feira, março 20, 2009

O toque da poesia !






Ele (verso)...nela (poesia)



A poesia pinga da boca
Como saliva não saboreada...
E acorda o verso, que perdido
Entre a palavra e o nada
Espreguiça no desejo secreto
De ser o tudo da rima perfumada.


Beija o verso a poesia
Deixando-a de emoção arrepiada
Ele nela, cresce, mete e remete
Até sentir a pele de rimas, inundada.


Declama o verso à musa
Gemidos de poesia enamorada
(Toca-me as palavras)
Bebe-me esta sede misturada
Entre a orgia do ventre
E o prazer da língua molhada.


E de verso na boca
Beijo na palavra desnudada
Primavera em carícias de rima
Jorra pela pele a poesia acabada.

Su@vissima







segunda-feira, março 16, 2009

Um Toque da espera !






Entre a espera e o violeta...



Hoje apetece-me escrever
Sobre o tempo de esperar
A espera do teu regressar.

O caminho é tão, mas tão demorado
Feito de pedras de choro manso
Por esquinas sem descanso
De Primaveras por acontecer.

E eu aqui a pintar
Esperas de verde esperança
Noites de violeta criança
Que adormece em pele de mulher.

Amanheci uma vez mais
No desflorar desta ilusão
Que fecho na concha da mão.

Fica-me a espera...
Tão cheia de tempo e de nada
Que caminha em ti, pela tua estrada!









segunda-feira, março 09, 2009

Um Toque demorado !





Suavemente...


Mordisca-me a madrugada
Num gemido sedento
Demoradamente
Desenha-me palavras de terra molhada
E sopra-as ao vento
Vagarosamente.

Deixa que naveguem rio fora
E pelo leito (do teu corpo) desçam
Demoradamente
Até que chegue a aurora
E no nosso pomar os frutos, nasçam
Vagarosamente.

Mordisca-me a boca
Com sussurros do teu sabor
Demoradamente
Da linha da pele, apaga-me a roupa
E cobre-a com o corpo, que o corpo quer
Vagarosamente
(Faz-me sentir ainda mais Mulher!

Su@vissima







terça-feira, março 03, 2009

Um Toque no vazio !








Fantasma do nada...


Já passaram dias
Desde que me fizeste de palavras
Silenciar...
A madrugada.

Desde essa noite
Adormeço cinzenta
Desventrada de luar
Pela madrugada.

E o sangue?!
Esse entristeceu-me a cor
Do coração
Porque me ouviu chorar
(Já era madrugada.)

Faltam-me pedaços
Da palavra nostalgia
Para colar...
No poema do exílio
Escrito à beira-(a)mar.