sexta-feira, dezembro 28, 2007

Um Toque do Novo Ano !










Brindemos...





Brindo ao ano que está a acabar
E ao novo que vai começar!


Brindo a Ela que O espera
E a Ele que A venera!


Brindo ao teu relógio de água
No tempo de tudo ou nada!


Brindo à suavidade do luar
E aos teus lábios de sabor a mar!


Brindo à tua Alvorada
Na Alma...Da pele gravada!


Brindo à seda da tua carícia
E ao Amor que é coração de luz!


Brindo a ti...
Que és a cereja do bolo desejado
Oferta em doce prazer partilhado!


Brindo a nós...
Ao corpo da nossa chegada
Ao mundo...
Ao sonho de pele perfumada
Ao "caminho de ti"
À nossa estrada...
E ao Amor...


Su@vissima










quarta-feira, dezembro 26, 2007

Um Toque da meia-noite !









Passos calados...





Pouco faltava para a meia-noite
Olhava, distraída pela janela
Sorrindo para a beleza da lua
E admirando uma ou outra estrela...
Fica-me o olhar "preso" na rua.


Uma sombra caminha vagarosa
De vontade nua
E passos calados...
Adivinho-lhe a cor dolorosa
Nos olhos perdidos
Nos braços de abraços gelados.



Cheiram a fomes sofridas
Os ombros caídos...
Como podem ser por nós permitidas?



Quis dizer-lhe...
Que esta é uma noite menina
Em que comemoram o nascimento
Não há espaço e tempo
Para um verso de tormento.



Gritar-lhe...
É noite de Natal!
Mas, a noite iria quebrar-se...
Ainda agora a vi, vestir-se de cristal.



Voltei para dentro...
Desceu-me na pele um arrepio
(Lá fora, estava mesmo frio!)



E a meia-noite, faz-se chegada!

Su@vissima








quinta-feira, dezembro 20, 2007

Um Toque com sabor a Natal !










É quase Natal...






Caminho pela rua iluminada
De Natal...
Reconheço os cheiros e as cores
Estão-me na memória tatuada!


É quase Natal
(E tu estás aí!).




Percorro o boliço das compras
Com o olhar
E deixo-me sonhar
Nos braços do aroma que
Te ia oferecer.




Esta é a mais bonita!
(Oiço um casal abraçado, comentar)
E tu! Porque não estás comigo Amor?
Dentro do meu abraço...




Sinto um tremor
Um frio repentino
Agasalho-me na tua lembrança.



Na minha frente estás escrito:
Natal é Paz
É um sonho de Esperança
É estrela a brilhar
No olhar de uma criança.




Abraça-me Amor...
É quase Natal!
Não demores.


Su@vissima











terça-feira, dezembro 18, 2007

Um Toque de hoje !









Uma carta...





Hoje apetece-me
Escrever-te uma carta de Amor...
(Diz o poeta que são ridículas, talvez!)



Hoje apetece-me escrever-te
Palavras que te beijem a pele do dia
E te seduzam a pele da noite, com magia.



Abraçar-te em cada uma delas e deslizar
Pelos teus cantos, ainda por descobrir.



Enrolar-me em ti e caminhar-te
Sem pudor...



Hoje apetece-me beber chá e ter-te
Como pau de canela para o adoçar.



Caminhar de mão dada contigo, pela rua...
Olhar-te...
E adivinhar os segredos que guardas
Na pele nua.



Parar o relógio do tempo no momento
Em que a minha carícia encontrar
O teu olhar.



Dar-te a sentir num leve roçar
Pelo pescoço, a minha boca quente.



Hoje eu queria aninhar-me no teu colo
E sentir-me pássaro do teu ninho...



Queria dançar uma dança de que só nós
Sabemos a coreografia (a nossa dança).



Deixar que o rubro do meu baton
Te murmure quereres...



Respirar o teu Tudo e o teu nada
Num beijo de pele abraçada.



Hoje apeteces-me...

quarta-feira, dezembro 12, 2007

Um Toque adormecido !








As tuas mãos...



E eu sonhava...
Sonhava que as tuas mãos
Eram o pomar de romãs
Que me acordava o esquecimento
Na cama desfeita de manhãs
Que mora no quarto do pensamento
Em que o meu coração dorme.


E eu sonhava...
Sonhava que as tuas mãos nuas
Me beijavam a pele do dia
E desciam até à madrugada
Por entre o luar de todas as luas
Em que o meu coração adormecia.


E eu sonhava...
Sonhava que a tua mão cheia
Deslizava por entre os meus seios
Tal qual a onda que se enrola na areia
Suspirando os teus devaneios
Que me acordam o coração.


E eu sonhava...

Su@vissima









segunda-feira, dezembro 10, 2007

Um Toque de Nós !









Caminhando...





Tu e eu, o agora
O silêncio do antes e o nós do depois...

Adivinho-te a chegada
Na alma e no corpo, esta urgência inadiável
De sentir a minha boca colada
Pelas margens da tua sede insaciável
(No sonho os nosso corpos enlaçados
Num leito de Amor feito).


É Outono, mas a nossa cumplicidade
Diz-se Primavera, de mil cores nascida
(Nos tons do agora)
Pelo sabor da pele madura.


Caminhamos este desejo sem saída
Mergulhando em mares de ternura
Que foi por nós, à beira-mar concebida.

Suspiro-te desejos...
Abraças-me...Dançamos?
Sabemos de tempos de afectos
De uma ou outra oferta, antes recebida!
Algumas chegaram embrulhadas em seda
A do agora, chega-te de pele vestida...

Viciamo-nos devagar...
Partilhando um banquete de doces iguarias
Corpos amorados...
Lábios acerejados...
É a embriaguez renovada todos os dias.

E o depois?
O depois, é o Nós!
Um sonho doce, incontido...
(Um mar de cor, nunca antes vivido)
Que nos faz ribeiro manso
Em margem delicada
E nós vamos caminhá-la de mão dada.










quinta-feira, dezembro 06, 2007

Um Toque voando !







A tua descoberta



Esta noite vesti-me para ti...
Fiz-me cheirosa, de transparência ousada
Olhei o mar
Irrelevei a distância e deixei-me voar
Apaguei o tempo até ficar no nada
E tu estavas à minha espera
Abracei-te tanto, mas tanto...
Que ainda te sinto as curvas no tempo.


Descobriste-me então...
Nas palavras e nos teus gestos
No seio que fechas na mão
E faz o sangue pulsar...
Na doçura felina do sonhar
Beijo-te os segredos
(Essa devassa e recatada forma de amar)


E bebemos...
E brindamos ao tempo
Às taças de silêncio que partilhamos
Ao mar que nos une.


Bebemos até nos embriagarmos
E matarmos este desejo que arde
No corpo, na alma...
Vem que já é tarde!
Bebe-me inteira, qual licor de estrelas...


(Pergunta-se o meu corpo, esperando a irresistível resposta do teu)
Vamos deixar a Lua, roída de inveja?!


Su@vissima











terça-feira, dezembro 04, 2007

O Toque deste Outono !










Ao verso que bate na janela...




Dançam no tecto do Outono
Nuvens de tempo suspensas.
Pelo céu...
Um menino de estrelas sem dono
Veste o corpo da terra de carícias lentas.



Nas esquinas das horas de ninguém
Caem cores sem forma ou espaço
Um sonho que foi pele de alguém
Folhas caídas em Outono de cansaço.



É um caminho de desejos e odores
Por abismos de outonos ancestrais
Gestos de melancólicos desamores
Que se abraçam, cada vez mais!



Desafio o teu Outono ausente
No mar salgado que marulha destemido
Onda que é corpo...
E água doce em sonho de alguém
Suave veneno que incendeia o gemido.



Ao teu verso (Outono)
Que me bate na vidraça
Eu ofereço o sonho como mote
Abro-te a mão como quem abraça
Os lábios da cintura, pelo decote.


(Vem! A janela está aberta...)

Su@vissima