quarta-feira, julho 30, 2008

Um Toque do tempo !










Chove-me...




O tempo...
Chove-me entre as mãos
Se te demoras, por certo
Eu morrerei afogada! Tão perto!

E um a um...
De ponta a ponta em tempo aberto
Cada minuto da minha pele
Desenha abismos de papel
Feitos lençóis de espanto.

Devagar, cai miudinha...
A chuva pelo rosto
Em desenhos pintados de pranto
Ai Amor! Quando chegares em Agosto
Vai chover tanto, mas tanto.

Chove-me aqui tão perto
Um tempo que desliza na boca
Uma sede nascida na roupa
Um corpo pela sede, aberto!

Su@vissima





quarta-feira, julho 23, 2008

Um Toque silencioso !








Por dentro do silêncio...




Adormecem (em direcção a ti?!)
Olhos de tons silenciosos
Na mágoa rouca de uma partitura.
Voando em inquietante miragem
Raios de astros luminosos
Deslizam em página de cor escura
Uma simples silhueta, sem imagem.



Por dentro (de ti?!)
O silêncio em desvario
Insiste em encontrar-me no rascunho.
Memórias de tempo inquietante
Correm margem abaixo, sem desvio
À bolina da vontade do punho
Desaguando letras a cada instante.



Vem!
(Rasga-me o) olhar silencioso
Para dentro da pele inquieta
E no corpo de querer guloso
Escreve-me um verso, poeta!

Su@vissima








quarta-feira, julho 16, 2008

Um Toque que baila !








Na memória da dança...



Faz-se noite e uma música vadia
Baila-me o pensamento...
A penumbra rodeia-me o mundo
(Quando estou só)
E neste momento...
Desenha-me sensações nos dedos do dia.

No silêncio, sinto a lembrança
(Eterna do tango na noite!)
E a memória da dança...
Convida-me a deslizar pelos segredos.

Vem...Escreve-me
Descobre-me...
Desenha-me peixes cor de nectarina
E olhos verdes, em esmeralda menina.

Deixa que as palavras te dancem
Quando o pensamento te lambe a pele
Descansada na proa do barco de papel.
Deixa que beba rios dos teus olhos
(Castanhos mar)
Para esta febre nua saciar
Na vontade de te querer.


Quero sentir-te agonizado
E no meu fogo arder
Contagiante volúpia do teu corpo no meu
Num dia que há-de acontecer...
Ou na madrugada, que por já ter sido
(Voltará a ser!)

Acredito em mim
Na tua cumplicidade
Nas veias que me mordiscam a saudade
Na voz de terra com que as tuas
Mãos me falam...

Pensamentos ancestrais
Descem da memória e passeiam
Na pele nua
Pela rua dos seios...Sabes?!?
Eu quero mais
Muito mais!
Quero tudo até que gemas o meu nome
(Na dança da noite!)






quarta-feira, julho 09, 2008

Um Toque de mãos !






Mãos de sede...




Entre os momentos
Que me incendeias
Em fogo posto...
E os outros
De quentes areias
Em marés de Agosto...


Há algures
Um tempo feito dia...
Que me enlaça o pensamento
Em mãos de sede (ou utopia?)
Há um tempo
Que se espelha no olhar
Na vertigem da poesia
No verso forte, sôfrego por voar
Suor apetecido ou fantasia?!


Esconde-te no meu coração
Entre o mar concha do passado
E o presente que me segreda na mão:
Quero-te tanto!










sexta-feira, julho 04, 2008

Um Toque a caminho !







No céu-da-boca...



Deixaste, sem te aperceberes
Vestígios de cerejas
Por dentro da minha boca...
E agora, os lábios acenam-te
Para que os vejas...
Deixaste coisa pouca
(Eu sei!)
Comparado com o tanto que desejas...


Mas sabes?!
Fica-me este afrutado sabor
Entre o meu partir e o teu regresso
Entre o teu dia a a minha madrugada
Entre o meu frio e o teu suor
Entre a tua memória e o que não esqueço!


Fechei a porta do nada...
O tudo já tem hora marcada!

Su@vissima