segunda-feira, março 31, 2008

Um Toque a sonhar !








No teu regaço...




O meu sonho sabe o teu nome

(Chama por ti...)

Diz-me malmequeres de bem querer

Para o vento te aprender

Geme...Grita

Até que cai de cansaço

E se aquieta no teu regaço...

Quase dormente

De ti ausente

E depois...

Levanta-se

E nas mil paredes do quarto

Escreve-te

O meu sonho, conhece-te!

(E chama por ti...)


Su@vissima









quinta-feira, março 27, 2008

Um Toque do gostar-te !










...E porque te gosto as noites aqui
Caminham assim...


Custam-me as noites sem ti
Frias e por demais vazias
Decididamente...
Porque tinhas que as adormecer aqui.


Custa-me ouvir o silêncio da lua
E dar resposta à minha pele
Que sofregamente...
Procura o toque da tua pele nua.



Custa-me abraçar a madrugada
Com desejos de te ver chegar
E avidamente...
Sentir-me pela tua boca, beijada.


Custa-me adormecer e acordar
Com os sonhos em desalinho
E ansiosamente...
Os sentir nas veias, a pulsar
Porque te gosto...

Su@vissima









terça-feira, março 25, 2008

Um Toque de palavras !









Fruto do meu chão...



Bebo-te as palavras...
Mas tu não cabes em mim!
Sobras-me em pedaços de silêncio
Caídos no meu chão...
Como pétalas caídas pelo jardim
E a ausência do não
Faz-se inteiro do agora sim.




Bebo-te os gestos...
Que jorram em brisas de mar
No percurso do corpo submerso
Das sombras da tarde...
No desejo náufrago de engravidar
O ventre que por ti arde
Em pele despida de olhar.




Bebo-te os beijos
A boca, a pele
E o sumo dos desejos.
(Bebo-te, porque tenho sede de ti!)

Su@vissima







sexta-feira, março 21, 2008

O Toque da Poesia !








Uma história de paixão...



Apetece-me...
Escrever sobre a nossa cumplicidade
(Sim é contigo poesia!)
A nossa é uma história de paixões
Com velas vermelhas de saudade.



Escrevo-te de olhar vendado
E barcos à solta no coração
Caminhando até ti, pé ante pé
Como se sempre te tivesse amado
Nesse êxtase em ebulição
De gesto doce e enfeitiçado.



Reconheço-me em ti, sem me conhecer...
Reinvento-me em ti, sem me aprender...
Quando os meus dedos fechados
Te adivinham os desejos
E me deixam de versos derramados
Chorando palavras e beijos.



Às vezes perco-me de ti...
E fico-me parada a três palmos da Primavera
Ouvindo-te a música que me olha e espera.



Ontem sonhei que era semente
De um qualquer passado
Raiz das árvores da tua floresta
Palavras em boca de presente
Num verso ainda não declamado.



Hoje, ofereço-te letras de madrugada
Num toque suave e despudorado
À mercê dos tempos, desenhado
Entre o contorno dos lábios
E uma rima de paixão deliciada.



(...Tem dias em que te sonho
E quando acordo já cá não estás...)

Su@vissima









terça-feira, março 18, 2008

Um Toque com sede !









No silêncio da cintura...




A sede dos lençóis
Espalha-se devagar pela garganta
Num vício calmo que me espanta
E se reinventa em breve nudez...
A noite que se demora e agiganta
Roça a boca madura com languidez.



Os lábios voam uma e outra vez
Pela memória da cama em alvoroço
Descendo pelo silêncio de pescoço
Até aos seios da noite macia...
Saboreando o caminho do dorso
Abraçado em cintura de acalmia.



Enroscam-se as pernas longas do dia
Em prazer mordiscado, passo a passo
Enquanto do umbigo ao cansaço
O suor acima dos joelhos, deslizava
Quando o teu desejo no meu entrou...
E a sede dos lençóis...Saciou!

Su@vissima







quinta-feira, março 13, 2008

O Toque da dúvida !









O chão de hoje...




Hoje...Não me procures o silêncio
Nem a cor transparente da poesia...
Deixa-me ficar por aqui ou por ali
Tranquilamente...
Molemente...
A olhar gotas de céu em azul melodia
Que bailam com o vento e caem exaustas
(Pelo chão que se fez dia...)



Hoje...Encontrei algures uma ilha
Em que a terra se esconde entre navegar
E o silêncio da palavra perdida
Namorando...
Devorando...
O sal das tempestades de mar
E descobrindo a terra prometida
(Que é o chão do teu corpo...)



Hoje...Aprendi que a vertigem
É causada pela certeza do nada
E deixa-me de joelhos fechados
Esquecida...
Despida...
Pela dúvida da garganta molhada
Gemente de sabores acerejados
(Que é o chão de nós...)


Su@vissima









quarta-feira, março 12, 2008

O Toque de uma promessa !







Asas de borboleta...




A Primavera aproxima-se, devagar
Vejo ninhos de asas construídos
Por entre as flores do olhar
E os pássaros voam, voam pela rota dos sonhos
Até a tua noite desnudar
E aí nascem tulipas violetas
Que deixam o dia florir a cantar.


Na saliva das pétalas, riem borboletas
Subindo o dia em degraus de seda
Enquanto o vento e suas ninfetas
Se deliciam na beleza de uma rosa amarela
Que na tarde se faz poente de cançonetas.


A noite pinta de púrpura aguarela
A terra, porque o Sol está para lá do mar
E a lua perde-se entre os braços do luar.


No jardim guarda-se o segredo da tela
Inacabada, que um sonho irá terminar
Quando for tempo do Verão começar.


Hoje o sonho escreve em doces de canela
Prometendo às noites do olhar
Que a Primavera se aproxima, devagar.


Su@vissima










sábado, março 08, 2008

Um Toque de Mulher !








Porque tu és o Homem...




Adormeci em pele de mulher-menina
Num sonho que me navega o horizonte
Em mar (chão) de leveza feminina
(Chegarei a bom porto, logo que o dia desponte).



Ombro no ombro, num doce marear
Teu barco usando a brisa das estrelas
Meu corpo no teu, içando velas.


Juntos mordiscamos o luar
Com bocas de língua ansiosa
Descobrindo trilhos de maré sequiosa.


Rendo-me à sede do teu mar
Ancoro as pernas na tua cintura
E o Amor faz-se em nós com loucura.


Acordei em leito de amante-mulher
Aquela que teima
No fogo que queima
(E se liberta em prazer).


Porque tu Homem, és o Sol
Fogo do meu lençol...
Que me faz assim...
Menina, amante, Mulher.

Su@vissima













quinta-feira, março 06, 2008

O Toque de um livro !









Página a página...





Abro-te o livro...
Passeio-me por entre palavras
Que não ousam falar comigo
Outras debruçadas na janela...
Abrem-me o postigo
Contando um romance de gotas de mar
De um tempo quase presente (tão antigo).



Desfolho o livro...
E as páginas fixam o meu olhar
Vigiando-me os gestos (de mendigo).



A meio do livro...
Oiço o silêncio de quem o escreveu
Traz-me a ausência de alguém
Acolhe-me com o beijo que me deu
Lá longe! Tão longe!
(Mas que não esqueceu).



Sabes? Vou fechar o teu livro!
Esquecer o tempo em que nele escrevia
Vou procurar palavras pintadas de ruas
Entre noites com marés de dia
E dias com outro mar de luas.
(Na próxima vida, escrevo um livro de minha autoria!)

Su@vissima








terça-feira, março 04, 2008

O Toque de uma dança !








Se quiseres...



Pedes-me uma melodia colorida
(Se quiseres)
Na ressonância do ângulo da paixão
Serei o violino da tua foz, despida.


Pedes-me um bailado entre a mão
(Se quiseres)
Ao mordiscar-me o percurso do olhar
Deixa um beijo à porta do coração.


(Se quiseres)
Toma-me o corpo para dançar
Leva-me pela tua madrugada
Até que a manhã se faça anunciar.


(Se quiseres)
Danço-me assim, em ti demorada
Abraço-me entre a tua noite nua
E a pele húmida de mim perfumada.