Página a página...
Abro-te o livro...
Passeio-me por entre palavras
Que não ousam falar comigo
Outras debruçadas na janela...
Abrem-me o postigo
Contando um romance de gotas de mar
De um tempo quase presente (tão antigo).
Desfolho o livro...
E as páginas fixam o meu olhar
Vigiando-me os gestos (de mendigo).
A meio do livro...
Oiço o silêncio de quem o escreveu
Traz-me a ausência de alguém
Acolhe-me com o beijo que me deu
Lá longe! Tão longe!
(Mas que não esqueceu).
Sabes? Vou fechar o teu livro!
Esquecer o tempo em que nele escrevia
Vou procurar palavras pintadas de ruas
Entre noites com marés de dia
E dias com outro mar de luas.
(Na próxima vida, escrevo um livro de minha autoria!)
Su@vissima
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