No silêncio da cintura...
A sede dos lençóis
Espalha-se devagar pela garganta
Num vício calmo que me espanta
E se reinventa em breve nudez...
A noite que se demora e agiganta
Roça a boca madura com languidez.
Os lábios voam uma e outra vez
Pela memória da cama em alvoroço
Descendo pelo silêncio de pescoço
Até aos seios da noite macia...
Saboreando o caminho do dorso
Abraçado em cintura de acalmia.
Enroscam-se as pernas longas do dia
Em prazer mordiscado, passo a passo
Enquanto do umbigo ao cansaço
O suor acima dos joelhos, deslizava
Quando o teu desejo no meu entrou...
E a sede dos lençóis...Saciou!
Su@vissima
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