terça-feira, dezembro 04, 2007

O Toque deste Outono !










Ao verso que bate na janela...




Dançam no tecto do Outono
Nuvens de tempo suspensas.
Pelo céu...
Um menino de estrelas sem dono
Veste o corpo da terra de carícias lentas.



Nas esquinas das horas de ninguém
Caem cores sem forma ou espaço
Um sonho que foi pele de alguém
Folhas caídas em Outono de cansaço.



É um caminho de desejos e odores
Por abismos de outonos ancestrais
Gestos de melancólicos desamores
Que se abraçam, cada vez mais!



Desafio o teu Outono ausente
No mar salgado que marulha destemido
Onda que é corpo...
E água doce em sonho de alguém
Suave veneno que incendeia o gemido.



Ao teu verso (Outono)
Que me bate na vidraça
Eu ofereço o sonho como mote
Abro-te a mão como quem abraça
Os lábios da cintura, pelo decote.


(Vem! A janela está aberta...)

Su@vissima










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