domingo, junho 14, 2015

Um Toque saudoso!







Saudade da meninice...




A saudade do futuro
Tantas vezes em mim tropeçou
Aqui ou mais ali…
Quando ela me apanhou
Ao dobrar da esquina
E o silêncio do vento ecoou
A ausência que não cabe
A mão que não chegou
O nada prometido
Do tudo que faltou.


Aqui a chuva miudinha
Transborda-me a noite anunciada
Pela respiração cinzenta das nuvens
No corpo de pele amordaçada.


Ali acompanhas-me as rimas
Em poema de lua arredondada
Quando a noite a faz cheia
E me encontra nesta encruzilhada
Entre ti e o resto do mundo.


Aqui e ali
O coração de Alma calada
E a Alma de coração fechado
Deixa-me de saudade embalada
Em gemidos de Lua menina!

Su@vissima










segunda-feira, fevereiro 02, 2015

Um Toque em desacordo!





Sem palavras



Subscrevo
O acordo ortográfico da pele
De alguns corpos, que professam
A religião da poesia, o mel
Das palavras ditas.


Agora...interditas
Adiadas!
Magoadas!


Palavras sem acordo possível
De letras e sílabas roubadas
Escondi algumas em segredo
Ficaram no relógio do tempo
Guardadas!


As que agora, são interditas!
Adiadas!
Magoadas!


O dia seguinte amanheceu
De gesto parado
Com silêncio de punho cerrado
Fez-se desacordo furioso
E com um arrebatamento alucinado
Quedou-se de boca calada.


Num olhar interdito!
Adiado!
Magoado!

Su@vissima


quarta-feira, janeiro 21, 2015

Um Toque desperto!





O pássaro libertado...


A tua voz
É um pássaro que habita em mim
Desperta...
Liberta...
Por entre orvalhos no meu jardim.


Adentra-me o ventre
Molhado...salgado
Em hora de maré cheia.


Marulha-me um querer
Ateado...mergulhado
Em luas de papel.


Deixa-me o resto do corpo
Debruçado...provocado
Pelo traço da tua boca.


(E quando os pássaros
Que em mim habitam
Sentem a pele liberta
Voam pela janela aberta)


E aí a tua voz
Veste-se de mim
Desperta...
Liberta...
Caminhando o meu jardim.

Su@vissima






segunda-feira, janeiro 05, 2015

Um Toque de ano novo!






Assim é...


Distancio-me do frio eterno
Dos sonhos que trajam o inverno
Faço-me gota de orvalho
Para saciar a infinita sede da alma
O fogo da língua gritante
Que quase cala as emoções
Da boca acariciante
Ou mordente…


Não quero ser somente
A mulher que veste os teus sonhos!


Quero ser...
O grito de prazer
Saído da boca beijada
Descendo pela madrugada
O corpo que te enlaça
A voz que te adormece e amanhece
A brisa fresca que entra pela janela
O gesto perfumado de canela.

Quero descobrir-te em mim.

Su@vissima