quinta-feira, abril 02, 2009

Um Toque sem (a)mar !







A um mar de violetas...




Passeio-me à beira-(a)mar
Vejo silhuetas feitas búzios e conchas
Estrelas sem mar
E até cavalos-marinhos.


Nas suas pegadas, leio palavras nuas
Respiram maresias de outro Verão
E de outras (tantas) luas!


Nos meus passos
Nascem suspiros sem rumo
Perdidos entre os abraços
E esta vontade de ir por aí e parar...
Olhar-te e mergulhar bem no fundo de ti.


O mar, lambe-me o tempo enrolado
(na areia)
Invade o íntimo das sensações
Ora tempestuoso...
Ora carinhoso...
Num enleio de dois amantes esquecidos
(do nada!)


Persistente...
Marulha-me horas na nudez do coração
E à noite, nos caminhos violeta
(do meu quarto)
Veste-me de desassossego, de emoção...
Até que me deixo adormecer
(para lá de ti)


E sabes?!?
Houve um sonho que mesmo assim...
Inventou adjectivos ao beijo dos teus lábios
E te elevou acima do superlativo absoluto
( sintético, de mim!)
O erro foi tentar...
Definir os predicados nominais
(do verbo do teu toque)
Porque tu és quase mar...
Ora tempestuoso...
Ora carinhoso...









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