Um Toque quente !

Pássaro de mim...




Pássaro de fogo em voo rasante
É a tua boca arrojada...
Quando me espreita assim, ensonada
Vinda de alguma paisagem distante!



E a doçura da tua língua quente
Deixa-me de pele arrepiada
E lábios de saliva impaciente!



A tua mão é por mim convidada
A nos meus segredos se perder
Vestindo a pele de ti encontrada.



Fica-me a vontade de te percorrer
Até ao infinito do teu afluente
E por teus montes e vales, descer!




Pássaro de fogo em voo rasante
Pelos caminhos de mulher...
Ou cavalo em sonho galopante
Vindo de alguma paisagem distante!

Su@vissima

Um Toque de odores !

Saboreando o teu cheiro...

A noite passada...

Falavam de saborear os odores

E a memória faz-se acordada

Do sabor da tua pele

Do cheiro dos teus olhos de mel.

Abstraio-me do olhar...

E o cheiro quente a noite de Verão

Do teu sabor a canela

Misturado com a calma brisa

Do teu saboroso limão

Fazem-me abrir as portas de mim

E sem pudor nem rodeios

Dar-te a saborear os meus seios.

Toco-me levemente...

Olhando fixamente

O teu provocador roupão branco.

Até que me tomas em teus braços

E aos teus sabores juntas os meus

(que são a tua fruta preferida)

E o resultado?

Bem! O resultado, é uma deliciosa bebida

Misturada num imenso beijo

Servida em copos de desejo.

Su@vissima

O Toque do teu nome !

Nossa beira-mar...

Há um silêncio imenso que balança no meu

Peito apertado
O sangue desce entre as margens de mim

Descompassado

Perante a leve brisa nocturna.

Há uma vontade que percorre o corpo

Desenfreado

Numa dança de compasso desejado

E me conduz ao tudo da tua alma.

Há a ausência de mim

Que se multiplica nos lençóis de cetim

Em ecos de prazer, quando me possuis.

Há este gesto de te tactear o sentido

Ondulado

Num começo de foz renovado

Após o rebentar de espuma à nossa

Beira-mar.

(Nas paredes da praia deixámos grafites da chuva que caminhava mansinha).

Há um manto de pele, perfumado de jasmim

Pétalas de suor que caem em mim

E uma a uma cobrem o abraço feito noite.

Há uma estrela de um mundo nunca tocado

Que brilhou num tempo passado

E na noite abriu só para os dois, com a Lua

Crescendo em ti.

Há uma palavra que veste o meu peito

Apertado

Quando o sangue me sobe descompassado

No beijo imenso do teu olhar.

Su@vissima

Um Toque a sonhar !

Fogo que é poesia...



Ai quando o Amor se delicia
Por entre o mar navegante
Solta-me as asas da fantasia
Numa loucura quase perfeita
Pelo corpo que é de poesia.


E o Amor que é provocante
Veste-se de poeta um dia
De rimas e versos se deleita
Compondo uma doce sinfonia

Que sussurra na boca da amante.


Ai quando o Amor se delicia
Ondulando pela cama desfeita
O prazer que o outro anuncia
(Consome-me um fogo arrepiante)
Pelo corpo que é de poesia.

Su@vissima

O Toque da noite passada!

Sem te tocar...




A noite passada...

Debrucei na varanda ao sabor da rua

Lá fora entre mim

E o silêncio da Lua.



Ouvi a voz da memória...

E uma a uma a tua lembrança

Eclipsou a noite, vestida de bonança

E eu escondida de ti

Senti o sabor a saliva amarrotada

Que vem da tua voz apagada

(E este aroma adocicado de onde vem?).



As mãos de um sonho por acontecer

Repousam num colo vazio de ser.

Oiço palavras no segredo da noite guardada

São como roupa pelo chão espalhada

Em Amor acabado de fazer!



A noite passada...

Debruçada em mim, entre a rua

E o silêncio da Lua...

Relembrei...

Que sem te tocar...Beijei-te

E sem te beijar...Amei-te!

Su@vissima

Um Toque de Parabéns !

Em pele (abraçado)





Alma de fogo...Minha igual

Menino com olhos de água

E pele de sal...

És sabor a Sol

És cheiro a terra molhada

Rosmaninho silvestre da serra

Pele do meu lençol...

Navegaste nas minhas dunas

Pela margem do meu decote.

Fizeste-me...

Maré de desejo

Sal de mar ondulado

Mote e musa de poema

Porta que se abre no beijo

(O meu! De pele abraçado!)

Su@vissima

...Parabéns José Manuel...Muitos anos de Alma cheia de Amor...

Um Toque do Universo !

Estrela cadente...

E no início...

Foste pó, somos terra e criamos raiz!
A ausência de ti, habitava a minha mão
E as palavras saem-me nuas de razão
Rasgando o silêncio da terra que te quis
Possuir, no todo dos cinco sentidos.

E no início...

A tua pele de brandos tons...
É a guardiã da minha longa vontade.
Cala-me neste gemido da tua saudade
E flutua na essência dos sons
Que vagueiam serenamente em ti.

E no início...

Nasceste assim, elixir de vida...

Qual chicote de fogo que cresce no beijo
Perfeccionista no tempo da fonte de desejo.
E a água que descia por ti esquecida?
Banhava-te o ser de asas, povoado.

E no início...

Saboreias o vazio de mim
Água de corpo...terra em fogo na pele
Homem na procura de ambrósia de mel
Tentas o teu corpo em mim semear

Volúpia de Luz que te vem do olhar.

E no início...

Éramos Homem e Mulher no Universo
Desces-me o tempo, feito do teu rio
Em leito que é tempo de mulher-mar
Corpo que desliza pelo meu verso...
Início de um poema de Amorar.

Su@vissima