quarta-feira, dezembro 31, 2008

Um Toque de Ano Novo !








Será possível recomeçar num Ano Novo?!



Será que amanhece
Num céu lilás de paixão
Brilhando de generosidade
Até que se anoitece?!

Será que a inquietação
Reinventa verdes pela cidade
Em cada seio, em cada alicerce
De um novo corpo em construção?!

(Será possível ?!)
De um ventre prenhe de verdade
Nascer o arco-íris que soubesse
Pintar um Sol em cada coração
Com mãos de carícias e bondade...

Mãos que façam Amor e Paz
Mãos Generosas que façam o Pão
Mãos de Criança sujas de Alegria
Mãos de Gente de Verdade!

(E vamos ter um Ano cheio de 2009 mãos!)












terça-feira, dezembro 30, 2008

O Toque de um sonho de Natal !






Natal é sempre que um Homem...




Noite pelos tempos encantada
Veste-se de rubras cerejas
O Natal de terna madrugada.


Perfuma os lençóis de linho
(Com a pele de aroma a canela)
Asas torneadas de azevinho
No corpo em forma de estrela.


Ofereceu-me em seda enlaçada
O beijo de boca mordiscada
Até que se faça Natal...
Numa outra madrugada?!







segunda-feira, dezembro 22, 2008

Um Toque de Natal !







Natal é...


Na rua vazia
Ouve-se o eco das janelas
A incendiar a Luz do silêncio.
Dizem que é chegado o dia
Em que nascem estrelas
Vestidas de Paz e Alegria.

Vozes em tons de carícias
Acendem lareiras de sabor
Com palavras aprendidas
Entre o presépio e as delícias
Que a avó cozinhou com Amor.

Lá fora...
Na noite escura e gelada
Atrás de uma janela nua
Olhando a noite estrelada
Um menino, anoiteceu na rua.

(Pensa ele)
Quando crescer...
Vou pegar do céu aquela estrela
Comprar uma lareira quentinha
Enfeitar com muitas vozes a janela
Fazer uma noite de Natal docinha
E também vou ter um pinheiro
Um pai, uma mãe e uma avozinha
E para o Amor...
(Será que vai sobrar dinheiro?!)


A estrela envergonhada
Calou-se na noite
E uma lágrima rolou pela face,
Já apagada.






quinta-feira, dezembro 18, 2008

Um Toque ao amanhecer !








Presa a ti...


Uma noite destas...
Vou tocar-te com a minha nudez
E abrigar-me na tua pele
Uma e outra vez!

Depois, deixo-me...
De corpo algemado ao teu
Enquanto a madrugada te escrever
Um poema de língua até amanhecer.

Uma manhã destas
Segredo-te um silêncio de acordar
E mergulho no dia
Na voz do teu olhar!

Depois, deixo o pensamento
Prisioneiro do teu
E deixo o dia crescer
Até que me libertes ao entardecer.

Su@vissima









quinta-feira, dezembro 11, 2008

O Toque da chuva !







Desce a chuva pela Alma...



Escorre chuva pela tarde
Abraçando o frio dos céus
(Olho a rua de quando em quando)
...O vento rasga os véus
Das silhuetas que regressando
Se aquietam, aguardando
A trovoada
Que se fez anunciada.

A tarde deixa-se acabar
No tempo, pelo relógio deslizando
Chega a noite divagando
De corpo e pele molhada
Vestindo a Alma (quase) gelada.

Su@vissima






terça-feira, dezembro 09, 2008

Um Toque em branco !






Voo de papel...



Na palma da mão
Tenho mil pedaços...
Rasgados
Cansados
Que voam na escuridão
Da alma dos abraços
E eles, abandonados
Quase apagados
Feridos, sem coração
Sabem que são somente pedaços
De um pássaro de papel!


Foram encontrados um dia
Em maré de temporal
Para lá do cais do relento
Quando a forte ventania
Assolava o areal
Do pensamento
E o vento na pele escrevia...
...São somente pedaços
De um sonho branco de papel...

Su@vissima






terça-feira, dezembro 02, 2008

Um Toque de tudo !







De ti quero tudo, até as mãos...



De ti, tudo quero!
Os segredos
Que deslizam nos medos
E te molham em suor, gota a gota.


Em ti, tudo quero!
E por ti a tudo renunciava
Tudo em ti, saboreava
Até o sangue que te jorra, gota a gota.



Por ti, tudo trocava!
Vendia corpo, alma ou coração
E sem a menor hesitação
Por ti, até a mim renunciava.

Su@vissima