Que o tempo se faça...
Palavras florescem em ousadia
Uma dança pungente de mãos
Que pelo tempo descia.
Na teia do sonho
Nascia a voz que sedenta mordia
O pão que a pele me oferecia.
Próxima ao teu epicentro
Burilado em seda macia
Sou náufraga de caravela perdida
Maré de orvalhada acalmia.
Até que os teus dedos
Colhem a flor vadia
Que se abre à carícia
Esfaimada do teu pólen.
Tu cresces em mim
Dia após dia
Nesta vontade sem fim
De beijar-te o desejo
Num trinado violeta (ou sinfonia).
Su@vissima
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