quarta-feira, setembro 26, 2007

O Toque de uma Lua !










Azul perfumado de noite...




Percorro-me para lá de mim...
Quando me chego a ti
Lua cheia de azul
Tens a cor dos beijos sem fim
E o sabor dos lábios que me proibi,
(De recordar na noite de algum dia!)



Caminhas apressada em mim...
Na esquina do teu tempo que passa,
Pelo meu corpo perfumado de noite,
Quando de sono me deito assim
Olho-te serenamente, pela vidraça...
(E pouco a pouco me deixo embalar)



Adormeço da tua pele vestida
Inventando sonhos de um outro sonhar
De um outro tempo enamorado
Por outros montes e vales, perdida
Entre carícias de um doce luar.
(Hoje sonhei que o Sol nasce a teu lado)










segunda-feira, setembro 24, 2007

Um Toque de despedida !










De cores maduras...




E o Verão sucumbiu
Fez-se de corpo despido
E no silêncio, partiu.



Voltará concerteza!
Quiçá pela saudade, dorido
(Será que se foi com tristeza?)



Despediu-se do canto dos rouxinóis
Abraçou pelo caminho o Outono
Que amanhecia em maduros lençóis.



E o Outono se faz aparecido
Em tons de feroz ousadia
Brindando de tempo nascido.



Outono de cores douradas
Com chuvas que inundam prazeres
Em corpos de bocas molhadas.


Outono de cores de vinhos
Lábios de sabor a vindimas
Olhares de vagabundos caminhos.



Outono de cheiros a Setembro
Com sílabas grávidas de Outubro
Inquietas pelos apelos de Novembro
Que saboreia a canela de Dezembro.










quinta-feira, setembro 20, 2007

O Toque da multidão !









Quem és?






Olhava...
Por entre aquela multidão
E detenho-me em mãos que incendeiam
Pelo espaço sem tempo, vagueiam
Transpirando gestos de vadia saudade




E eu?
Tranquila, por deixar a saudade abraçada
Em mão que está no tempo, enlaçada.






Olho...
Pelo meio estreito da multidão
Até junto a mãos de Sol espelhado
Em janelas de incenso partilhado
Capaz de incendiar fogueira cadente




E eu?
Sinto-as queimar as vísceras da lua
E vestir de sombra os candeeiros da rua.





Olhando...
Fixamente as letras da multidão
Há mãos de dedos quase perfeitos
Uns esquerdos e outros direitos
Punhos de gritos quase cerrados




E eu?
Escrevo letras em hora de noite-meia
Porque à meia-noite, estou de tempo cheia.





Vi mãos de gentes que não procurava
Capaz de outras mãos desprezar...
E olhos de quem sabe mãos incendiar
Roçando letras de doce leveza...
Quando por entre a multidão...Olhava!

Su@vissima










segunda-feira, setembro 17, 2007

Um Toque mão na mão !







Ombro no ombro



Persegue-me este desejo antigo
De caminharmos pela areia
Sob o tecto do luar de Lua cheia
Sentir-te meu porto de abrigo
Mão que na mão, quer dançar
Ombro no ombro a segredar.


Mãos que se entrelaçam...
Que se apertam a descobrir
O que a outra mão, faz sentir
Linhas da vida que se encontram
Dedos ávidos a acariciar
Num corpo, por inventar.


O teu ombro fala com o meu
Dançando do tango, a sedução
Oiço-te o bater do coração
Quando me salpicas os lábios do teu
Aroma de canela e doce mar
Ombro no ombro a namorar.


Persegue-me este desejo de hoje
Caminhar contigo à minha, beira-mar
De mão dada e o teu ombro, amorar.

Su@vissima








terça-feira, setembro 11, 2007

Um Toque de fogo !












Mais e mais...





...Abres-me a porta do querer
E quanto mais te tenho
Mais te quero em Amor ter...


Inquieto-me com a doce leveza
Do teu respirar carinhoso
Quando me tocas a pele do coração
Nesse teu gesto dengoso.


Cresce-me esta insaciável vontade
Um feroz apetite e sede de beber
Mais e sempre mais da tua boca
Que me deixa tatuagens de saudade.


Despe-me o querer galopante
De um sonho vagabundo sem rumo
Que me traz de desejo entreaberto...
Filha de fogo em voo rasante


Aquieto-me com a doce leveza
Do teu gesto carinhoso
Quando me visitas o bater do coração
Nesse teu respirar dengoso...


Su@vissima










terça-feira, setembro 04, 2007

O Toque de nascer de Sol !








Língua de Sol...






O Sol faz-se sorrir
Por caminho de pétalas a florir.


Nascido de noite sem ventre
Cresce em manhãs de cores
Enfeitando de transparências as flores


E veste a sombra das esquinas
Que a lua de amores desassossegada
Esqueceu no canto da madrugada.


Na generosidade florida da sua dança
Mergulha os cabelos pelo mar
Segredando palavras em tempo de olhar
E perde-se pelo umbigo da ondulação
Salpicando gotas de suor
Por dobras quentes de pele macia
Quando o tempo já era, meio do dia.


E já Sol de abraços
Desce pela tarde de cheiro maduro
Acariciando corpos de seio puro.


Desliza pela areia e vai mar dentro
Funde-se entre o feitiço e o centro
E eu permito-me fechar os olhos
Na transparência crepuscular
Ouvindo cores de corpo e alma
Enquanto a noite em nudez calma
Chega de lua enfeitada de luar.

Su@vissima